Sobre A Louca da Casa

Esse foi mais um daqueles fins de semana de trabalho. Confesso que é bem difícil quando paro para pensar no mundo acontecendo lá fora e eu trancada em um auditório congelante enquando mais de 40 pessoas assistem aula de especialização, coisa que eu deveria estar fazendo também na minha área.
Porém tenho que admitir que nesses dias aproveito para ler, conversar com os amigos no msn, ler coisas na internet, outros blogs. Daí no final das contas acaba sendo bom.

Dessa vez aproveitei para retomar a leitura do livro A Louca da Casa, título que copiei para o blog, sobre o qual falei no meu primeiro post e que ganhei de presente no último natal. Falei do livro muito superficialmente, pois só sabia o que tinha visto na internet ou no comentário de outras pessoas que tinham lido.

Não tenho a menor intenção de fazer resenha ou crítica mas preciso dizer que o livro é maravilhoso.
Não é um romance, é uma espécie de ensaio-romance, no qual ela fala sobre a arte de escrever, sobre os dilemas que um escritor vive, as crises de criação, a vaidade de ter um livro publicado, ter glória ou fama, o desespero de ser fracassado. Ela faz isso de uma forma tão rica, com metáforas tão ricas e através de histórias que não conseguimos saber se são reais ou se são invenções de uma jornalista que confessa que escrever é a única coisa que sabe fazer na vida.

Rosa Montero é o nome dela.

É a primeira vez que a leio e estou apaixonada. As vezes choro lendo o livro nos momentos mais inoportunos. Como assim? É que eu me emociono quando leio uma parágrafo bem escrito, uma idéia bem elaborada, uma conclusão dita de forma nada óbvia, mas de forma que o leitor mais preguiçoso consiga entender. E nem sempre estão relacionados a coisas emotivas, nem sempre são nos trechos em que naturalmente dá vontade de chorar. Às vezes são histórias super engraçadas. É lindo. Queria tanto saber fazer isso. Um dia, quem sabe, eu aprendo.
Quando estou lendo é como se estivesse conversando com o narrador, neste caso narradora, que é onipresente e oniciente. Ela afirma que a louca da casa é a nossa imaginação, que nós faz viver todo o tipo de experiência, que às vezes tem o poder de nos dominar e é sob esse domínio que vivem os escritores.

Sei que tem o trabalho da tradução também. Que acabamos perdendo algo com isso. Mas ainda assim, a beleza do texto é mantida.

Outra coisa que me encanta na obra é que ela por diversas vezes recorre a outros escritores para mostrar que há diversos pontos comuns na vida dos escritores do mundo todo. E nesse caso acabamos sabendo diversos fatos da vida de outros escritores, alguns famosos, outros nem tanto; da maneira deles de pensar e da sua arte.

Ainda estou na metade da leitura. Tenho certeza que vou sentir vontade contar mais para vocês. Se puderem leiam também, é tudo de bom!

Bejoca!

10 comentários:

Luana! disse...
9 de fevereiro de 2009 às 07:11

E tu já sabe q estou aguardando ansiosamente o término da tua leitura, né?

Olha, olha, sua ralada!

Dani M. disse...
9 de fevereiro de 2009 às 10:01

Ixi Luana, tu vai ficar maluca quando ler, que nem eu, hihihihi...
aguarde e confie!!

Sergio Brandão disse...
9 de fevereiro de 2009 às 19:14

Nada como um bom filme ou um bom livro!!!
A propósito, a ilustração de capa deste livro me lembrou, de cara, uma cena célebre daquele filme "A lista de Schindler" (pode não ter nada a ver com o contexto, mas foi a primeira imagem que me veio à cabeça! rs). Bjs.

Dani M. disse...
10 de fevereiro de 2009 às 03:55

Oi Sérgio!
A imagem da capa é relacionada à visão que a autora teve de si mesma durante a infância. Ela achava que era uma anã. Na verdade ela sempre teve um tipo de fixação por anãos, tanto é que em todos os livros dela tem uma personagem com características de anão.Acho que você Sérgio iria gostar muito deste livro também.
Beijão pra ti!

Sergio Brandão disse...
10 de fevereiro de 2009 às 08:46

Muuuito legal, Dani, o link para o "de4" que você colocou aqui ao lado... Quanto prestígio!!! rsrs Valeu!!!!!!!!!!! Bjs.

Dani M. disse...
10 de fevereiro de 2009 às 08:52

hehehe, ah é prestígio sim ter vcs aqui.E facilita muito minha vida, acho vcs mais rápido,hehe!

Gisele Amaral disse...
10 de fevereiro de 2009 às 19:43

Outro dia chorei muito ao ler um livro, mas não foi especialmente pelo estilo do autor, mas sim porque a história era muito triste mesmo! haha... Enfim. É tão bom ser sensível. Menos quando a gente leu e chorou antes de dormir e aí quando acordamos a cara tá tão inchada que parecemos um ET de varginha!
Vem cá, menina, como é que a gente coloca aquela coluna de links ilustrados ali do lado do blog? Não faço a mínima idéia! E outra: como é que eu consigo seguir teu blog? Já tentei, mas não achei nenhuma indicação.
Beijos, apareça em www.dperdido.blogspot.com
!

Dani M. disse...
11 de fevereiro de 2009 às 06:46

Eita Gisa, tu me apertou sem me abraçar. A Luana ali em cima é que é a minha assessora para assuntos blogueiros.
Não sei responder nada disso que tu perguntou. Lascô!
Pergunta pra Luana que ela te diz direitinho.
Brigada pela visita amoreee!
Beijos

Dulce Miller disse...
11 de fevereiro de 2009 às 09:56

Puxa, agora eu fiquei doida pra ler esse livro também...será que encontro por aqui? Vamos ver...

Danizinha, muito obrigada pelo carinho, viu? Só não vim aqui antes porque não deu mesmo. Só hoje consegui um tempinho para visitar meus queridos e você é um deles!

Beijão, flor!

Dani M. disse...
11 de fevereiro de 2009 às 10:06

Du, já tava com saudade mesmo, mas sei que o motivo de você não ter vindo foi forte mesmo.
Se você não achar o livro por aí compra na net. Vo perguntar pra Patrick onde ele comprou, em site e te digo.Bjo Bjo!

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