Ah, o amor...


"Eu gosto de ser mulher, sonhar e arder de amor, desde que sou uma menina".

Sempre que penso em ser mulher, lembro dessa música cantada lindamente pela Maria Bethânia e é a mais pura verdade. Sempre fui muito "apaixonativa", me apaixonava e no dia seguinte desapaxonava, outras vezes durava mais de um dia. Mas a coisa acontecia mais pelo sentimento do que pela concretização. Amor de verdade mesmo só veio bem depois e é o que tá comigo até hoje.

Mas mulher é um bicho muito doido. Apaixonada então nem se fala. Cheia de contradições.

Dia desses no ônibus eu escutava a conversa entre a cobradora e uma passageira. O conteúdo da conversa era sobre cabelos, cortes, coloração. Lá pelas tantas a passageira disse assim:

- Ah menina, eu liguei pra ele e disse: "amô vo cortar o cabelo". E ele na mesma hora disse: "Não é pra cortar, eu não quero", tu acredita? - Ela dizia isso com aquele brilho no olhar de quem se sente amada e protegida.

A minha vontade foi dizer pra ela: "Amiga se ele agora tá querendo mandar no teu cabelo, imagina no que ele vai querer mandar mais tarde?!". Lógico que fiquei na minha. E o pior foi que ela disse pra outra moça que não cortou, que ainda ia pensar.

O fato é que temos que desvincular a idéia de amor e relacionamento da idéia de posse. Ninguém é de ninguém. O mais lindo de ter um relacionamento amoroso é justamente saber e sentir que a pessoa que está com você está porque escolheu assim, porque é livre o suficiente para fazer tal escolha.

Não é bem melhor quando ele diz assim: "meu amor, você é linda de qualquer jeito, se quiser cortar, corta".

Metáforas a parte, o que eu quero dizer hoje é que ninguém pode dizer o que fazer com a nossa vida ou como viver a nossa vida. Sejamos livres e independentes. O amor tem que nos deixar livres para vivermos todas as emoções da vida, inclusive a de se frustar com um cabelo manchado, um corte desastrado e o que mais vier.

Bejocas!!!!

2 comentários:

Luca disse...
13 de agosto de 2010 às 11:00

Anram...eu sou bem besta assim em achar q se importa cmgo..mas na hora h, acho q sempre faço oq quero...só acho.

Pq o q conta mesmo é um não enfrentar o outro, mas compreender o pq de tal coisa ser feita.

Ich, Hausfrau disse...
13 de agosto de 2010 às 18:03

a maior prova de amor que uma pessoa pode dar é respeitar o espaço e a individualidade do outro... muito bacana seu post.. bjos e bom findi semana

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