Dilemas de uma desempregada


Há dias sinto vontade de vir aqui e escrever sobre várias coisas mas sempre desistia no caminho. Hoje tive vim falar sobre a angústia de passar por uma entrevista para emprego.
Como vocês já sabem estou desempregada desde o final de janeiro. Felizmente não fiquei parada um dia. Minha rotina parecia a de quem tinha um emprego mesmo.
Acordava cedo, tomava um banho básico, depois café da manhã e depois sentava a bunda na cadeira em frente ao pc e começava a trabalhar. Tive uns dias de preguiça, de acordar tarde, de ficar chamegando com marido na cama até mais tarde, enfim, bom demais. Mas no geral, fiquei trabalhando com os meus freelas. Provavelmente por isso, não tive aquela sensação de tristeza, de preocupação, desespero, afinal de contas, estava me sentindo útil, produtiva e claro sabia que ia entrar dindim na conta. Mas paralelo a isso enviei alguns currículos. Recebi algumas promessas, emails de agradecimento pelo envio do meu belo currículo mas diznedo qeu não há vagas, possibilidades futuras, mas eis que essa semana me chamaram pra uma entrevista.
Deus sabe como detesto processos seletivos. Quer me deixar mal humorada? Me coloca numa sala com um grupo para participar de dinâmicas, fazer redação sobre os temas mais toscos possíveis, ter que participar de debates chatos e responder um tanto de perguntas que na minha opinião não revelam quase nada do tipo de profissional que eu sou ou do trabalho que tenho potencial para fazer.
Hoje, porém, graças a Deus, era só uma entrevista. Foi bem no clima bate-papo mesmo, mas não pude evitar: fiquei nervosa, gesticulando demais, falando o que não me perguntavam e ainda suando. As perguntas eram coerentes, quiseram saber sobre minha experiência profissional, que trabalhos desenvolvi, que atividades me sinto mais à vontade para fazer, disponibilidade de tempo, e outras coisas mas tudo sobre trabalho. Não me vieram com aquelas chatices de pior defeito e melhor qualidade.
Foi tranquilo, mas sai de lá com a sensação de que poderia ter me saído melhor, poderia ter sido mais clara sobre minhas preferências, mais enfática sobre minhas decisões profissionais, devia ter defendido mais minhas escolhas e ter ficado mais calma para não parecer desesperada por um emprego. Humpf!
Depois que sai de lá veio aquela sensação de insegurança. Fiquei me questionando se era capaz, se eles gostaram de mim, se eu poderia ficar na vaga...e depois se realmente queria aquilo, se aguentaria trabalhar 8h todo santo dia num escritório fazendo um trabalho de comunicação organizacional, enquanto que o que eu mais queria era um trabalho mais descontraído, voltado para entretenimento, cultura e arte e com horários flexíveis?
Dúvidas, muitas dúvidas!
Ainda nem sei o resultado da seleção e não estou muito confiante como puderam perceber. Mas começo a me preocupar com esse dilema que sempre paira sobre minha cabeça como uma nuvem negra: esperar por "aquele" trabalho ou topar o primeiro que aparecer? Afinal as contas continuam chegando e eu continuo precisando de alimentação, água, luz, roupas e, lógico, sapatos!!!
Por hora o que posso fazer é entregar pra Deus e pedir que ele me ajude a fazer as escolhas certas e que aconteça o melhor.
Bejoca!!!

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