Estou em casa!

Ô vida boa!!

Já faz seis dias que estou em casa. E não imaginei que isso fosse me fazer tão feliz. Na verdade, imaginei sim, mas ver isso de perto, na real, é trocentas mil vezes melhor do que o que eu tinha imaginao.

Sempre fui do tipo mundana, que gosta de tá na rua, na noite, andando por aí. Mas estar na minha casa está me fazendo um bem enorme e confesso que sair de lá hoje para vir trabalhar foi muito difícil.

Poucas vezes tenho essa sensação de paz que sinto agora, de conforto, de aconchego. Acho que é essa a sensação de se ter um lar, que está sendo contruído por mim e por Patrick.

Tudo é tão novo.

Me vejo fazendo coisas que antes tinha verdadeira aversão. Lavar louças, arrumar a casa, varrer, cozinhar. E o mais surpreendente: não estou achando nada ruim. Se bem que não estou fazendo nada sozinha. Patrick está sendo um ótimo companheiro de casa.

O povo lá de casa ri quando digo "ah, fiz um bife delicioso, ficou super macio". Como uma coisa tão simples pode deixar alguém tão feliz, tão boba? E ontem o meu arroz deu certo. Ficou soltinho, branquinho, com aquele cheirinho gostoso de alho.Hummmm!!!

Juro que não fazia nada disso em casa. Pode perguntar para minha mamis que ela fala tudinho procês. Eu estou supresa comigo mesma, com a maneira como estou sendo uma boa dona de casa. Parece que eu estava pronta para isso desde sempre.

O mais gostoso é ter meu amor do lado, cuidando de mim e eu cuidando dele. Poder dormir com ele, acordar e ficar vendo ele dormindo tão lindo, tão tranquilo. Poder acordar ele no meio da noite pra fazer amor também é maravilhoso, hahahahaha... No meio da noite, de manhã cedo, na hora do banho, antes de dormir... ai,ai...(suspiros!!!!).

São só seis dias eu sei, ainda tem muita coisa para acontecer. No começo tudo são flores, é o que muita gente comenta. Mas eu desejo do fundo do meu coração que a nossa vida fique bem florida por muitos e muitos anos. Estamos cuidando disso.

Agradeço meu papai ( Júlio), minhas mamães ( Terezinha e Lúcia) , Tia Dulce, Tia Mary, Tios Gerson e Helena, Tia Rita, minha sogra (Bibi), Meirita, Gibram e Mônica e todo mundo que ajudou a gente nesse processo da mudança. Obrigada!!

"Mas eu to tão feliz, dizem que o amor atrai"!!!

Bejocas!!!!

Como cortar o cordão umbilical sem sentir dor?

O bebê quando nasce leva uma palmada no bumbum e desaba a chorar. Quando ele sai da barriga da mãe e tem o cortão umbilical cortado é a primeira separação dos dois. Eu acredito que ele chore por isso também. Por se sentir desprotegido, solto em mãos estranhas.
É lógico que isso não é consciente mas é sensível.
Hoje, às véspera da mudança de casa, da mudança de vida, estou me sentindo às vésperas de um nascimento, com um novo corte umbilical.
Percebi enquando arrumava as minhas na mala e nas caixas que todos estavam me olhando de um jeito diferente. Vez por outra entrava alguém no quarto perguntando alguma coisa meio sem sentido, como que na tentativa de puxar conversa.
Minha irmã sentou na cama e ficou me olhando com um olhar vago. "O que foi Luana? Tá chorando é?". Não ela não estava, mas foi por pouco. Eu acho que interrompi o quase choro dela.
Esse foi um momento que sempre esperei. Antes mesmo de pensar em casamento, eu já queria ter a "minha" casa. Um lugar que fosse meu, do meu jeito. E agora que isso vai acontecer não consigo deixar de sentir uma tristezinha. Não uma tristeza depressiva. Uma tristeza de saudade, do convívio, de estar perto.
É a primeira vez que vou mudar de casa na vida. É a primeira vez que vou sair da casa dos meus pais para morar em outro lugar. Sem a proteção deles. Como cortar o cortal umbilical pela segunda vez sem chorar?
Estou tentando parecer forte. Não está sendo muito difícil porque sempre que vem o pensamento da "separação" da família, busco o pensamento da união com meu amor.
Vou ficar outros dias sumida.
Quando voltar já serei a dona da minha própria casa.
Até lá!
Bejoca.
[Ah, divirtam-se no carnaval. Seja no meio da folia, em casa, no cinema, na praia, no bar, em qualquer lugar, tá certo?! Outra bejoca!]

Está chegando a hora...


Hoje quando acordei o primeiro pensamento que me veio à cabeça foi: caramba, eu me mudo semana que vem!

É, contrariando as expectativas da minha mãe, que queria que eu casasse de véu e grinalda, na igreja, e que só saísse de casa com uma aliança no dedo e um certificado na mão. (Essa é a mãe-avó, que me ama e quer me ver feliz mas que preferia que tudo fosse nos conformes dela).

Talvez tenha pensado isso assim de supetão porque ontem passei a tarde atendendo às ligações de Patrick que foi sozinho comprar a nossa cama ( finalmente, temos uma cama!). De cinco em cinco minutos ele me ligava para perguntar se tal cor era legal, se o tamanho tal era bom, se podia ser colchão de mola ou se de espuma era melhor. E eu só de longe acompanhando. Isso porque estava no trabalho e não podia sair.

Depois quando liguei para minha mãe ela me disse: Dani, a gente ( mãe, tia Dulce e papis) tá indo lá no teu apartamento para arrumar as coisas. (Essa aqui é a outra mãe, a que também queria que eu casasse mas que tá mais preocupada com o que vai me fazer mais feliz e sem dúvida ir pra minha casa, ficar meu amor é o que vai me fazer muito bem).

Mais uma coisa importante acontecendo e eu sem poder estar lá.

Fiquei pensando nisso e foi em dando uma angústia, uma tristeza de estar perdendo esses momentos.

Quando encontrei Patrick mais tarde falei dessa minha aflição e ele disse que não era para eu ficar triste, que era assim mesmo, eu tinha que trabalhar. Mas mesmo assim, mesmo com o consolo dele, parece que de alguma forma eu estou me sentindo culpada por não ter tempo de estar lá, de acompanhar cada detalhe da mudança.

Por que não existe uma lei que obrigue as empresas a dar um período de folga para que o funcionário faça toda a mudança quando vai se casar/morar junto? Seria um tipo de licença pré-casamento. Seria perfeito!

Quanto ao casamento, não aguento mais responder a pergunta: Dani, que dia vocês vão se casar?

Eu só posso responder: Ainda não sei. Estamos preocupados em deixar o apartamento confortável para morarmos. Somos dois comunicólogos, eu formada e ele ainda não. Isso quer dizer que ainda não podemos comprar tudo e ainda fazer um casamento. Sem contar que já me sinto casada, não preciso de um papel ou cerimônia para atestar isso. Portanto, caso não nego, mas quando puder!

E gente, meu carnaval vai ser bom demais. Cama nova, casa nova, vida nova e o amor que há 5 anos faz minha vida ser mais gostosa.

Bejoca!

Sobre A Louca da Casa

Esse foi mais um daqueles fins de semana de trabalho. Confesso que é bem difícil quando paro para pensar no mundo acontecendo lá fora e eu trancada em um auditório congelante enquando mais de 40 pessoas assistem aula de especialização, coisa que eu deveria estar fazendo também na minha área.
Porém tenho que admitir que nesses dias aproveito para ler, conversar com os amigos no msn, ler coisas na internet, outros blogs. Daí no final das contas acaba sendo bom.

Dessa vez aproveitei para retomar a leitura do livro A Louca da Casa, título que copiei para o blog, sobre o qual falei no meu primeiro post e que ganhei de presente no último natal. Falei do livro muito superficialmente, pois só sabia o que tinha visto na internet ou no comentário de outras pessoas que tinham lido.

Não tenho a menor intenção de fazer resenha ou crítica mas preciso dizer que o livro é maravilhoso.
Não é um romance, é uma espécie de ensaio-romance, no qual ela fala sobre a arte de escrever, sobre os dilemas que um escritor vive, as crises de criação, a vaidade de ter um livro publicado, ter glória ou fama, o desespero de ser fracassado. Ela faz isso de uma forma tão rica, com metáforas tão ricas e através de histórias que não conseguimos saber se são reais ou se são invenções de uma jornalista que confessa que escrever é a única coisa que sabe fazer na vida.

Rosa Montero é o nome dela.

É a primeira vez que a leio e estou apaixonada. As vezes choro lendo o livro nos momentos mais inoportunos. Como assim? É que eu me emociono quando leio uma parágrafo bem escrito, uma idéia bem elaborada, uma conclusão dita de forma nada óbvia, mas de forma que o leitor mais preguiçoso consiga entender. E nem sempre estão relacionados a coisas emotivas, nem sempre são nos trechos em que naturalmente dá vontade de chorar. Às vezes são histórias super engraçadas. É lindo. Queria tanto saber fazer isso. Um dia, quem sabe, eu aprendo.
Quando estou lendo é como se estivesse conversando com o narrador, neste caso narradora, que é onipresente e oniciente. Ela afirma que a louca da casa é a nossa imaginação, que nós faz viver todo o tipo de experiência, que às vezes tem o poder de nos dominar e é sob esse domínio que vivem os escritores.

Sei que tem o trabalho da tradução também. Que acabamos perdendo algo com isso. Mas ainda assim, a beleza do texto é mantida.

Outra coisa que me encanta na obra é que ela por diversas vezes recorre a outros escritores para mostrar que há diversos pontos comuns na vida dos escritores do mundo todo. E nesse caso acabamos sabendo diversos fatos da vida de outros escritores, alguns famosos, outros nem tanto; da maneira deles de pensar e da sua arte.

Ainda estou na metade da leitura. Tenho certeza que vou sentir vontade contar mais para vocês. Se puderem leiam também, é tudo de bom!

Bejoca!

Chá das sete!

Há momentos únicos na vida. O meu chá de casa nova foi um desses momentos que ficarão sempre guardados em um lugar muito especial da minha memória. Ver meus amigos reunidos, sorrindo, conversando, comendo, cantarolando as músicas que tocavam e principalmente felizes por estarem participando de um momento tão importante da minha vida, foi maravilhoso.

[Minhas amigas de uma vida, desde a terceira série do colégio]

Mas além da aura poética da situação [os amigos comemorando uma nova fase da vida da amiga que vai se casar, ter um lar, formar uma família], teve também o momento pastelão, como já esperado por mim e por todos eles.

"Eles" porque não eram apenas mulheres. Entre elas estava ele, Pedro Canto e mais tarde chegaram eles, Rômulo e Marcelo. Tinha ainda meu pai, meu irmão, meus tios, meus primos e tinha o cunhado ainda não declarado. E ainda acreditam que chá de casa nova é coisa de mulher. O meu pelo menos teve a participação ativa de todos esses homens. Contudo, a maioria era de mulheres, todas animadíssimas e muito falantes.

Eu e Kamila, minha amiga RP, vínhamos conversando a algum tempo sobre como aproveitaríamos o tempo das pessoas. Claro que eles não poderiam somente ir lá, levar um presente e me fazer pagar micos. Não basta ser convidado, tem que participar. Fizemos duas brincadeiras antes da advinhação dos presentes. A mais divertida foi a do "estilista". Cada grupo tinha que confeccionar um vestido de noiva com uma matéria prima inovadora: o jornal impresso.

Foi tão divertido, tão engraçado!



[A equipe vencedora com a noiva Déia]

Depois foi a minha vez. Vendaram meus olhos e começaram o desfile de presentes pelas minhas mãos. Acertei vários, mas errei um monte também. Resultado: terminei a festa parecendo uma perua com um óculos escuros enorme, uma orelha de coelhinha, vários lenços coloridos ao redor do pescoço e toda pintada de batom. Vocês não vão querer ver isso, eu tenho certeza, por isso nem vou colcoar a foto aqui.

Preciso agradecer a todos que foram. Pelos presentes, adorei todos, de verdade. Mas agradeço principalmente pela presença de todos, pelo carinho, a disponibilidade de entrar no clima, participar de tudo. Por isso que digo sempre que amo vocês.

Bejocas e aguardem as próximas festas!

Paciência Senhor!


Tem dias que amanheço revoltada. Esses dias geralmente vem depois de ficar remoendo durante a noite alguma coisa que não tive tempo de pensar logo que ela aconteceu.

Minha revolta é retardada mas não menos intensa por isso.

É uma revolta de não saber articular bem as coisas no momento exato que deveria articular. Sabe aquela sensação de angústia e aquele pensamento que sempre vem: poxa, eu devia ter falado isso...

Aí eu penso: e agora, o que faço? ligo pra esculaxar? mando o email mais desbocado do mundo? fico quieta mas anoto no meu bloquinho para lembrar em uma próxima oportunidade? ( é, eu tenho um bloquinho que anoto tudo que não quero esquecer).

Mas em geral não faço nenhuma dessas coisas. Só me calo, converso com meu guru Patrick e meu primo-amigo-irmão e caixinha de segredos Éder e depois esqueço.

Esqueço vírgula. Porque fica aqui dentro de mim a revolta. A vontade de gritaaarrrrrr.

Que vontade fazer terapia, yoga, pilates, ir na igreja rezar, cantar no meu chuveiro, chorar no colo de patricóide, fazer alguma coisa que me acalmasse e extravasasse essa emoção contida.

Mas não posso fazer nada disso porque tenho horário de trabalho para cumprir. Tive que acordar cedo, tomar banho frio, pegar ônibus lotado e rodar por quase uma hora naquela lata velha ( e ainda cheguei atrasada!) para chegar aqui e cumprir um dia de trabalho de oito horas. Foi pra isso que nasci? Acho que não.

"Chega, já foi tempo, tu tá louca, chegaaaa!", acabei de ouvir a Elis [Regina] gritar aqui no meu ouvido. E ela deve tá certa. Vo acabar com esse papo por aqui. Mentalizar energias boas, respirar fundo e lembrar que a vida é linda, que eu tenho família e amigos que eu amo [que me amam também] e que daqui a pouquinho essa sensação ruim vai passar. Já tá passando até ( que mágico isso...)


Bejoca!

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