Meu último natal de "namorada"


Dia 24, eu toda animada, pensando no meu último natal solteira, ajudando na cozinha as minhas trocentas tias a preparar a ceia. Nem imaginava o que viria pela frente. Um natal chato! Tava também naquela expectativa do que Patrick (meu amor) ia trazer de presente. Nessas horas volto a ser a criança de uns tempos atrás. Ligo pra ele toda hora pedindo uma pista e ele não facilita. Mas no final das contas o saldo maior foi mesmo o presente que o meu amor me deu (ele trouxe pra mim o livro "A Louca da Casa" que falei no primeiro post) e dormir abraçadinha com ele.

Adoro natal. Não sei explicar muito; parece que tem um cheiro diferente, o tempo fica mais ameno, fico mais emotiva, mas de um jeito bom. Esse ano queria mesmo era aproveitar minha família. Só que não fiz muito isso. A casa encheu de gente, gente que nem curto muito. Depois tem essa história de ceia meia noite que não me acostumo. Eu sei, são 25 anos assim, mas nunca vou me acostumar a comer comida fria, nem que seja na noite de natal.

No dia 25, fiquei mal, doente mesmo ( tenho certeza que foi a comida fria e a maionese). E ainda hoje tô meio assim, mal.

Ah, na semana do natal aproveitei para ir comprar umas coisinhas pra minha futura casa. Adoro isso. Fico maluca na frante das pratileiras, vendo panelas, copos, refratários, talheres, lençóis de cama e os conjuntos de jantar. Ai, os conjuntos de jantar... esses são os que mais me atraem. Fico horas paquerando eles, querendo todos, tendo várias fantasias com eles, ai,ai... Contudo a grana era pouca, muito pouca. Acabei comprando alguns copos e jarras. Engraçado que escolho, escolho e sempre compro coisas nas quais se bebe. Tenho taças para vinho, copos para chopp, xícaras, copos para água, jarras. Será que essa pessoa aqui tem sede???

E a sede é algo que me persegue. Sede de tudo. De amar, de comer, de beber, de dançar, de sexo, de conversar, de ler, de viver!!! Às vezes me engasgo. Tenho que tossir, vomitar. Ainda bem que tenho do meu lado alguém que me diz " calma, bebe devagar. Se acabar, esse a gente busca mais".

Depois desse natal meio frustrado estou esperando pelo novo ano. Tô com uma sensação um tanto conflituosa. Ao mesmo tempo que sinto aquele desejo de que tudo seja bom, aquela fé de que tudo vai dá certo, que vai ser um ano bom, feliz (putz, caraaaa, vo ter minha casa!!), tô sentindo que vai ser um ano de batalhas a vencer(eu espero), de coisas a conquistar, de aprendizado,de crescimento. Sei que não vai ser fácil. Eu sei! Mas quero tanto isso, que nem posso pensar em desistir. Não dá!

Vamo acreditar né gente!! Me desejem sucesso! É o que desejo a todos sempre. Sucesso, paz, saúde, amor, alegria, fé, equilíbrio e diversão minha gente, que sem diversão é roça!!

Feliz 2009!!!!!


Bejoca!!!

Não gosto!



Eu sou como o Dorival Caimmy, não gosto de trabalhos estafantes, gosto de trabalhos calmos e não constantes. Se eu pudesse queria viver de brisa, de viagens, de estudos sem obrigatoriedade, de arte, de música.
Vejo os cantores e sinto uma inveja que chega a doer. "Era isso que eu queria fazer".
Desde sempre lembro de mim cantado. Minhas brincadeirs de criança sempre envolviam música, a que eu mais gostava era quando armávamos um palquinho imporvisado e eu inventava minhas músicas em várias línguas diversas que só eu conhecia. Essa brincadeira continua nas festas de família. Quando pego o microfone é preciso vir alguém para recuperá-lo e passar adiante.
Trabalho para mim está intimamente relacionado a prazer.
Não sou do tipo corporativa. Não gosto de roupa engomadinha, não gosto de cabelo escovado todo dia, não gosto de salto alto, não gosto de bons modos, não gosto de metas rigidas, pré-determinadas. Detesto a competitividade agressiva, que fere, que passa por cima dos outros.
Concentrar é um verbo difícil pra mim. Fico vagando nas minhas memórias. Sou saudosista. tenho sempre saudade, saudade de coisas que nem vivi.
" Bendidas as coisas que eu não sei, os lugares onde não fui, os gostos que não provei, os verdes ainda não maduros, os espaços que ainda procuro, os amores que nunca encontrei, benditas as coisas que não sejam benditas".
Não gosto de horário fixo. Não gosto do previsível. Não gosto de levar bolo de aniversário pra festa.
Gosto de ser livre. Gosto de escovar o cabelo às vezes. De usar salto alto quando dá vontade. De me ver refletida no espelho com uma roupa elegante, bem alinhada. Sou competiva mas só se for pra ganhar. Posso surprender por superar expectativas. Posso gostar de rotina. Desde que eu escolha isso.

Ah, quer saber? Eu queria poder trabalhar de chinelinho e vestidinho todo dia.

Sou uma eterna menina, sorridente, boba. Minha essência é feliz!!!

Bejoca!

Uma história de amor

Depois de uma adolescência típica com direito a muitas dúvidas, rebeldia, descobertas, frustrações, alegrias, veio a universidade. O que não significa que tudo isso passou, mas sei que ficou diferente.

Meu primeiro vestibular fiz para Psicologia. Eu já me achava "a psicóloga" porque gostava de ouvir minhas amigas e meter o bedelho na vida delas. Ainda bem que os conselhos dados nunca foram desastrosos. Infelizmente não passei. Acho que teria sido uma ótima profissional, de verdade.

Mas veio a idéia: vou fazer comunicação social com habilitação em radialismo. Nessa época ninguém chamava Rádio e Tv como é agora. Fui estimulada pelos amigos que diziam que minha voz era linda, achando - como muita gente acha - que o radialista só faz locução. Eu também já pensei isso um dia. O que eu queria mesmo era viver cercada de música. Me imaginava em um estúdio colocando para tocar as músicas que eu adoro, falando para os ouvintes sobre elas.
Fiz o vestibular, passei e descobri que ser radialista é muito mais do que isso. É antes de tudo gostar de arte, de gente, da palavra seja ela escrita ou falada. Eu me senti em casa. Conheci pessoas muito queridas, outras nem tanto. Só que uma delas em especial fez toda a diferença no meu mundo.

A primeira vez que o vi pensei que ele já estudasse na comunicação, ele era tão seguro, tão cheio de si, passava e nem se preocupava em falar com ninguém, em perguntar nada. Parecia que já sabia de tudo que era preciso saber. Enquanto que eu era a típica caloura. Andava em grupos, queria ser vista, conhecer as pessoas, perguntava sobre tudo. Na recepção do calouro ele tava lá. Nem reparei é verdade mas quando falamos sobre porque escolhemos o curso nossos discursos foram tão parecidos que começamos a perceber um ao outro. Mas logo em seguida me perdi dele. Conheci outras pessoas, saia muito, ia para o Bambú várias vezes na semana (Bambú é o famoso barzinho que toda universidade tem). Passei 1 ano sem nem me importar com ele.

Ele se aproximou no momento exato que eu precisava ser amada como ele me amou desde sempre. Com carinho, com cuidado, com desejo, com paixão. Esse ano fizemos 5 anos de namoro. Poucas vezes ficamos distantes um do outro. Aprendemos muito um com o outro. E ainda escuto de vez enquanto alguém dizer: "poxa quem diria que vocês dariam tão certo?" Eu responto: "Isso não se explica". Não tem explicação mesmo.

Ainda sinto um frio na barriga quando penso nele, meu coração bate forte quando sei que ele tá chegando, minhas pernas ficam bambas quando ele me beija e ainda fico sem graça quando ele me olha como se estivesse sabendo tudo que se passa dentro de mim.

Agora vamos passar para a próxima fase. Vamos nos casar, morar juntos, dormir juntos, acordar juntos e outras cositas juntos, que a gente já faz juntos tem muito tempo... e eu tô tão feliz e mais feliz porque sei que ele também tá tão feliz que ele sai no horário do almoço do trabalho para ver preço de geladeira. Gente que homem faz isso??? O meu faz. Eu sempre brincava dizendo: quando um homem me der uma sandália da Carmen Stefens ele me ama de verdade. Mas hoje já sei que quando ele sai pra ver preço de geladeira, ah isso sim é amor messmo!!!

Bejoca!

P.S: Te amo mozão!!!

Eu nasci assim...eu cresci assim!



"Quando eu vim para esse mundo..." eu fui a primeira em muitas coisas: primeira filha, primeira neta, primeira sobrinha. Cresci cheia de vontades e todas elas eram imediatamente realizadas. Minha mãe me conta sempre, até hoje, como conheceu meu pai, um amor fulminante que durou exatos 1 ano e sete meses. Meu pai era namorado de uma amiga dela. Ela reparava que ele tratava ela diferente mas não percebia que esse diferente tinha outras intenções. Até hoje ela acha que não tinha. Logo o namoro com a amiga acabou e não demorou muito minha mãe e meu pai começaram a namorar.
Todos eram de Pedreiras, interior do Maranhão, mas minha mãe ja morava aqui em São Luís. Vivia no ônibus daqui pra lá e de lá pra cá. Casaram escondidos em uma cidade vizinha a Pedreiras. Quando ela engravidou eles já moravam em São Luís na casa dos pais da minha mãe. Aos sete meses de gravidez, minha mãe foi largada pelo meu pai que sumiu no mundo. Cresci nessa casa e estou nela até hoje, sendo criada pelos meus avós, minha mãe e minhas tias. Daqui vou sair para a minha casa no começo do próximo ano. É, como já sabem, vou casar.
Essa casa aqui sempre foi cheia de gente. Família grande com traços fortes. Todos amam demais, odeiam demais, falam demais, sorriem demais. Uma família exageradamente exagerada. Eu, a única criança durante 5 anos, precisei descobrir muito cedo o que devia fazer para ser ouvida. Talvez por isso minha voz seja meio rouca. Depois chegaram outras crianças e as atenções para mim diminuíram. Fiquei um tanto revoltada. Tinha a língua grande, como diz minha vó que chamo de mãe. Conquistei meu espaço, e assim como minhas tias, tenho um quarto só pra mim faz tempo.
E faz tempo também que vivo praticamente nele. Saio para comer, beber água, atender o telefone, ir ao banheiro. Recebo meus amigos aqui. Às vezes, os outros 9 moradores ( sim, aqui moram 10 pessoas comigo- são duas salas, dois banheiros, sete quartos, terraço, quintal e cozinha) nem sabem se eu estou em casa ou não.
E mesmo assim, linguaruda mas silenciosa, sei que faço parte disso. Mesmo me achando tão diferente de todos, sou capaz de perceber os pontos comuns. Sei que eles me amam e que sentirão muito minha falta quando eu for embora para a casa nova, ou melhor, o apartamento novo.
E minha mãe/avó é a primeira a dar sinais disso. Já está toda mal humorada reclamando que o apartamento é longe, escondido, em uma área perigosa. E não é nada disso. Reclamar é o jeito dela de dizer que não quer que saia de perto dela.
Quando começo a pensar nas mudanças que irão acontecer na minha vida dá um nó na garganta. Vou sentir falta da bagunça na hora do almoço, das conversas com as tias todas atravessando as falas umas das outras, da briga para tomar banho primeiro, dos pedidos não muito delicados para diminuir o som da TV. Acho que só não vou sentir falta da minha mãe dizendo para deixar a porta do quarto aberta quando meu namorado tá aqui.

Agora me pego observando cada movimento em família, cada conversa, cada detalhe, como se não quisesse esquecer nada quando não tiver mais esses momentos com tanta frequência.

Daqui pra frente vou contar mais sobre as mudanças que já estão começando a acontecer.

Mas fica pra outro dia, tá?

Bejoca!

Meu primeiro blog!

Queria ter um blog. Ficava lendo o dos outros e achando tão legal esse poder de escrever e ser "lido". Mas o medo de ser "lida" e ser criticada era tão grande. O medo de não ter muito o que dizer era maior também. Ficava pensando: vou escrever sobre o quê? sobre o que eu entendo de verdade? o que eu gosto de verdade?

Via o blog de alguns amigos craques nesse negócio de escrever. Alguns escrevem lindamente sobre temas específicos como teledramaturgia (o de Pedrinho Canto) ou sobre o dia a dia ( Luca.). Tem gente que usa esse espaço para contruir algo, críticar, sugerir, inovar, criar, enfim...acontece que não sei bem o que vou fazer com isso, só quero escrever.

Vou escrever sobre minhas coisas, fatos que acontecem e que mexem comigo de alguma forma.

A idéia é escrever também sobre esse momento da minha vida. Tá acontecendo tanta coisa, muitas mudanças vem vindo aí.

E claro que quero também fazer parte da blogosfera que tanto ouvi falar nos últimos tempos e conhecer pessoas bacanas como as que vez em quando vejo os comentários por aí.



Vamo ver no que é que dá!



Ah e uma última explicação. O título " A louca da casa" é uma referência ao livro da escritora espanhola Rosa Montero, referência só não, é um empréstimo de título mesmo. Não, não li o livro, ainda não. Mas sempre quis ler, já me disseram que é tudo!!

Fora isso escolhi esse nome também porque sempre me senti a louca da casa, da minha casa. No meio daquela minha família maluca que eu amo um bocado, eu consigo ser uma louca completamente diferente deles. Mas isso eu conto depois.



Bejoca!

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