Comer, Rezar, Amar

Comentei com vocês que além de pensar muito estou lendo vorazmente. Terminei de ler A louca da casa ( finalmente) e nem sei como falar dele, porque eu gostei tanto, tanto e achei tudo tão bom que só vocês lendo pra saber como é.

O meu já está sendo aguardado por duas amigas leitoras e escritoras: a Luana e Anne.
Terminei esse no domingo e no mesmo domingo comecei a ler Comer, Rezar, Amar. Três coisas que adoro fazer de paixão. Quer dizer, não tenho sido muito boa em reza, é verdade.

Sempre rezo bem depressinha, faço uma prece meio despreocupada, digo um "Nossa Senhora da Conceição rogai por nós e nos proteja no nosso caminho", mas rezar mesmo, fazer uma oração de coração, nunca mais fiz.
Quando rezo assim, eu converso com Deus, como se fosse um amigo, com muito respeito claro, e peço o que meu coração pede. Peço e agradeço. E isso é tão verdadeiro que sempre me emociono e choro horrores. Depois me sinto bem e leve. É reconfortante. Mas ando em falta com a minha fé e devoção.

Quanto a comer e amar, tenho feito isso bastante. E os dois acabam se tornando uma espécie de oração. Quando como e quando amo faço isso com o melhor de mim, de coração.
Nesse livro a escritora, a jornalista americana Elizabeth Gilbert, conta a experiência dela com essas três ações. Depois de casamento terminado, imediatamente seguido por um romance fulminante em que ela amou "desesperadamente", ela decide largar tudo e fazer três viagens: Primeiro ela vai pra Itália, com o único objetivo de estudar a língua italiada que a fez sentir os primeiros raios de alegria que iluminaram a vida dela dentro de toda a escuridão de uma depressão. Na Itália ela descobre o prazer e a beleza e desfruta do bel fa niete e das delícias da culinária Italiana ( já quero ir pra Itália!!!). Adoro quando ela diz que na Itália ela engordou os 10 kg mais felizes da vida dela.

Depois ela vai pra Índia, morar no ashram da sua Guru espiritual. Ela vai pra lá para exercitar a devoção dela, para aprender a falar com Deus. E essa parte do livro é linda. Um ashram é tipo um templo de religiosidade onde se pratica a meditação, o silêncio, a oração. Lá ela aprende a se perdoar e a deixar passar muitas coisas que a entristeciam. É muito bonito mesmo.

Estou nessa parte do livro.

Depois vou para a parte que ela vai para a Indonésia. Sobre essa aqui não vô contar nadinha porque ainda não li né? Mas sei que essa vai ser a parte do amar e como adoroooo romances de meninas tô super ansiosa pra ler.
Em uma das críticas sobre o livro alguém fala que esse é um livro que toda mulher devia ler, porque afinal de contas é uma de nós que nos dá um depoimento de como superou tantas coisas pelas quais muitas de nós passamos. Mas acho válido os homens lerem também. Pelo menos sei que eles vão rir horrores e dizer: ah, então é assim que funciona? kekekeke...

Ai gentem tô amando o livro, devorando cada palavrinha e rezando para não acabar tão rápido.

Procurem pra ler, vale a pena mesmo, mesmo. E quando esse acabar já tenho outro na fila. O livro Férias da Maryan Keys. Mas esse eu comento outro dia.

Bejocassssss!!!

Ela pensa que pode ser completamente feliz...

Esse fim de semana pensei em muitas coisas. É que tive tempo de sobra pra isso.
Foi um fim de semana daqueles que "trabalho". É que fico lá sentadinha vendo as aulas acontecendo e só faço algo de fato se a professora ou os alunos estiverem precisando e como na maior parte do tempo eles ficam bem concentrados na aula, tenho um tempo só pra mim pra fazer o que eu quiser. Então eu faço duas coisas que eu adoro: leio e penso.
Às vezes penso sobre o que eu leio. Outras vezes enquanto estou lendo vem um pensamento intruso e atrapalha a minha leitura. E lá vou eu ter que começar tudo de novo porque esqueci o que estava lendo enquanto pensava. Entendeu??? Acho que sim né!
Pois bem. Estive pensando em coisas diversas: na saudade dos meus pais, na roupa pra lavar, no almoço que não ia fazer pra marido, no que ele estaria fazendo lá em casa sozinho sem mim, nos meus amigos e principalmente no que estou fazendo na minha vida profissional.
Sempre acreditei que é possível conciliar uma vida amorosa feliz com uma carreira bem sucedida. Mas cadê que isso tá acontecendo? Estou muito feliz no meu casamento. E tudo bem que eu gosto do trabalho que faço e do ambiente em que trabalho mas onde fica aquela história de trabalhar com prazer?
Em alguns momentos, sinto como se estivesse numa constante repetição de atividades: "Todo dia ela faz tudo sempre igual...". Acorda cedo, toma café, escova os dentes, toma banho, se arruma, sai de casa. Pega o ônibus ( lotado), vai em pé, desce no terminal de integração*, pega outro ônibus ( lotado), vai em pé ( ou não). Desce no centro histórico, fica feliz por ver o mar, e o casario, e os azulejos. Sobe os 4 andares de escada velha, vazada e barulhenta. Chega na redação, dá bom dia, ri da sua falta de ar e da dor nos joelhos. Senta em frente ao computador e começa sua pesquisa por notícias, comportamento, psicologia, eventos, música entre outros assuntos. No final do dia, vai pra casa: pega ônibus, vai sentada (graças ao bom Deus), desce no terminal da integração, espera seu ônibus pelo menos durante meia hora, pega seu ônibus (lotado), vai em pé.
Finalmente chega em casa, e aí sim é hora do prazer. Quer dizer o prazer acontece um pouquinho mais tarde porque antes, ela dá um jeito na casa, arruma a cama, lava a louça do café ( as vezes ela deixa pro marido fazer isso) e prepara alguma coisa pro jantar (as vezes ela deixa pro marido fazer isso²).
E é assim, todos os dias. Eu me formei pra isso? E onde está o juramento que eu fiz que promover o entretenimento sadio e lá lá lá lá? E onde está o meu próprio entretenimento sadio?
Calma, não se assutem, eu sou geminiana, penso muito, em muitas coisas ao mesmo tempo. Mas sou inofensiva. Só mordo de você deixar.
Tenho pensado muito no que estou fazendo com o meu tempo, com a minha vida profissional. Tenho pensado até em me juntar a Nina na Alemanha, oi ir viver na Irlanda como a Lígia ou ir pra Holanda viver de "arrrrrte". De repente eu poderia cantar bossa nova nos barzinhos.
Mas já tenho muito a agradecer a Deus por pelo menos ter um casamento feliz, uma família amada e uns amigos "fodásticos" que me tiram dessa rotina algumas vezes. Isso já é coisa pra caramba pra agradecer.
E agradeço também pelo livros. Enquanto não posso viajar de verdade, eu viajo na carona das palavras e me divirto tanto que só vendo pra saber. Agradeço também pelos blogs nos quais eu aprendo tanto, me emociono tanto e rio tanto. Amo muito tudo isso!!!!
" MAS ELA DIZ, QUE APESAR DE TUDO ELA TEM SONHOS
ELA DIZ QUE UM DIA A GENTE HÁ DE SER FELIZ
SE DEUS QUISER..."
[Janaína- Biquini Cavadão]
E a semana começa assim, com a continuação dos pensamentos e muitas reflexões. Quanto aos livros conto pra vocês amanhã.
Bejocas!!!
* Terminal da integração é um local que parece uma rodoviária em que você troca de ônibus e não paga outra passagem por isso. Na verdade é um inferno em forma de terminal, pra ser mais clara.

Ufa, essa foi por pouco!

Olá queridos!!

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, graças a Deus!!!

Acabei de chegar no trabalho. É que antes fui fazer uns exames de menina.
Sabe o que é? É que além de ser necessário mesmo, pois meninas sempre precisam de cuidados, eu estava suspeitando que pudesse ter um neném aqui dentro.

Por conta disso tava meio jujuru. Não que eu não queira ser mãe, é claro que eu quero. Mas não posso ser mãe agora. Como eu ia carregar eu e o neném? (eu já peso o bastante por dois sozinha) Que horas eu ia cuidar dele? Como eu poderia ser uma mãe atuante se ele provavelmente ia passar mais tempo com outras pessoas que comigo? E o pior, de onde ia tirar grana pra pagar plano de saúde, comprar fraldas, leite, roupas, remédios e toda a parafernália que acompanha os bebês??

Confesso que deu uma vontadezinha. Fiquei muito dividida entre o desejo de ter um filho e a consciência de que não tenho condições ainda de arcar com tamanha responsabilidade. Ainda mais com os apelos do marido, se achando o papai, todo carinhoso e cheio de planos. Mas ainda não é momento, nem pra nós, nem pro nosso bebê.

Eu quero ser uma mãe bem atenciosa, cuidadosa, disponível e que tenha algo a ensinar pra essa nova vida.

Acho que com a "não-chegada" do nosso filhote, Deus tá me dando uma chance de me preparar pra esse momento. Cuidar de mim, da minha saúde, perder peso, aprender a me alimentar melhor. Tenho também que ter mais estabilidade financeira.

Tenho pelo menos dois anos pra isso tudo. Num quero esperar muito não. Já me disseram que a gente nunca está totalmente preparado pra isso. O grande lance a gente só aprende na prática mesmo. Será?

Vô refletir sobre isso também e aceito dicas sobre o assunto.

Para as futuras tias, tenham paciência. Vai chegar o dia de poder "lamber" a minha cria com vcs!!

Bejocas!!!

Tem coisas que só o amor faz por você!!

Graças a Deus hoje é sexta-feira. Quando penso que tenho dois dias pela frente pra não fazer nada e acordar tarde( suspiros) meu coração se enche de alegria.
Essa semana foi bem difícil.
Quando eu pensei que todos os temores tinham passado e não era mais necessário me sentir insegura profissionalmente, veio uma onda de más notícias e balançou tudo.
Por enquanto ainda estou empregada, mas duas amigas que eu adoro sairam. Ficou um vazio físico e emocional. As melodias, os sorrisos, os mimos, os abraços, os cuidados que tínhamos umas com as outras agora vão ficar bem reduzidos já que não nos veremos mais todos os dias.
No mais as pequenas surpresas desagradáveis aumentaram a angústia que já estava sentindo.
E no meio disso tudo, meu amor se comportou muito bem. Me ajudou muito, segurou minhas mãos, fez cafuné na minha cabeça e fez outras coisas que são impróprias para contar nesse horário e neste blog de respeito( kkkk...). É muito bom se sentir segura, amada, amparada quando parece que nada mais está dando certo.

"Ô que beijo bom que meu bem deu na minha boca!
Cada noite com meu bem é melhor que a outra.
Gosto da mão que me bole, que me pega sem pedir.
Gosto da conversa mole que não me deixa dormir" (Laranjeira, Roque Ferreira)
Aproveitei o finalzinho da tarde de ontem para visitar minha mãe e meu papito. Me senti tão bem recebida. Parece que depois que me casei eles ficaram mais carinhosos, mais receptivos.
Agora tenho conversas com meu pai que não tínhamos antes. Falo com ele sobre minha vida, meu trabalho, meus amigos. E percebo que ele quer cuidar mais de mim. Minha mãe também está mais amorosa. Quando estou lá ficamos andando prum lado e pra outro juntas.
Estamos muito mais próximos.
É gente, apesar dos pesares, eu me sinto feliz.
Aproveitem o fim de semana de vocês também. Semana que vem a gente se fala.
Bejoca!!!

Hoje tem visita especial aqui em casa!!!

Hoje estou recebendo aqui em casa a visita da minha amiga Andreia Lima. Elas traz pra gente as suas impressões críticas sobre o novo álbum do cantor e compoitor maranhense Zeca Baleiro intitulado O coração do homem bomba . Vamos conferir?!


A festa e a ressaca do Baleiro
Por Andreia Lima*

Rock, reggae, ska, forró, samba, funk, brega, soul, ie-ie-iê, repente... Zeca Baleiro. É assim que chega O coração do homem bomba, novo trabalho do artista maranhense: diverso e sem rótulos. São duas “pílulas” milimetricamente dosadas para curtir uma noite dançante e, em seguida, cair numa ressaca daquelas. O trabalho plural e irreverente perpassa composições clássicas da música popular brasileira; traz novos e antigos parceiros, além de brincar, de forma criativa, com a disposição de vinhetas ao longo do disco.

O coração do homem bomba volumes 1 e 2 são o oitavo e o nono disco, respectivamente, autoral do Baleiro. Em sua obra, o compositor que já “imbolou” à procura de Stephen Fry tocando baladas líricas num mundo cão não se faz de rogado e cria um mix rítmico contemporâneo sem compromisso algum com a etiqueta que será posta pela crítica posteriormente.


Os álbuns foram lançados ano passado pela gravadora do compositor, a Saravá Discos, em um intervalo curto de tempo de apenas três meses entre um e outro. “Quis fazer uma experiência de lançar discos em um intervalo curto. Geralmente quando se faz disco duplo, lança com um intervalo de seis meses, mas eu quis com um intervalo curto, de apenas três meses. Foi também para ter tempo de polir mais o segundo volume”, justifica.


O resultado são 27 canções divididas em dois CDs. Cronologicamente, as canções vão de uma vibração e irreverência, localizadas no primeiro álbum, à introspecção e lirismo do segundo. Nas palavras de Baleiro, “o primeiro é a festa e o segundo é a ressaca da festa”. Os álbuns trazem antigos e novos parceiros do compositor maranhense como Chico César, Wado, Zé Geraldo e André Bedurê. Apaguem as luzes e liguem o som que a festa vai começar. Mas depois, não esqueçam, de tomar a pílula da ressaca.

O baile

Tum Tum Tum... Bum! As batidas da vinheta O coração do homem bomba anunciam em coros e batucadas que o baile do Baleiro começou. Uma batida de radiola de reggae só precede os acordes dançantes de Você não liga pra mim. Depois um forrozinho, em ritmo orquestral, chega com Alma não tem cor, letra de André Abujamra que ganhou as rádios com a banda paulista Karnak.

Vai de Madureira é o samba-funk que tematiza as faces de quem procura o status. “Se não tem água Perrier, eu não vou me aperrear” é um dos inúmeros trocadilhos que marcam o trabalho de Zeca. Um suingue com pegada paraense chega com Elas por Elas, batida que traz na letra as mulheres e suas peculiaridades. Em seguida, em coral, como numa igreja, Aquela Prainha é recitada como crítica à invasão estrangeira às praias nordestinas, trazendo, com isso exploração econômica e sexual.

Em Ela falou malandro o tom é de seresta com pegada brega e letra romântica. “Por ela vou pro rock ,vou pro samba, vou pro funk vou pra tudo que é balada”, diz a letra. O tom romântico prossegue com Você é Má. Mas é na irreverente Bola Dividida, samba de 1974 de Luiz Airão, que o disco atinge o clímax. A regravação ganha na versão de Baleiro uma batida tango, meio cabaré de ser.

Uma sanfoninha enuncia a vinheta Aí Beethoven que versa sobre o compositor erudito alemão. Depois um bom rock chega nas batidas de Toca Raul, a homenagem de Zeca ao compositor maluco beleza e uma resposta bem-humorada aos fãs que insistem em gritar “Toca Raul” em qualquer que seja a balada . Um ar de mistério surge no pop com pegada rapper de Nega Neguinha.

A canção de encerramento de volume 1 é dedicado ao letrista de Pra não dizer que não falei das flores, Geraldo Vandré é a música em tom melancólico que dá o prenúncio do fim da festa. Um baile alegre, vibrante que se finda nas cordas de um violão. Mas o clima de fim de festa é apenas o link para a ressaca que virá.

Day after

Como num amanhecer após uma festa o toque de um piano dá os acordes de Era. Na letra de Zeca e Wado o tema são as reconstruções que o mundo passa depois de grandes catástrofes. Uma sanfona se mistura a violinos num estilo clássico-regional e adentra em Tevê, canção que expõe as ofertas que consomem nosso olhar na televisão. Em seguida, vem uma batida pop ao som de bateria e cordas em Você se foi.

Um coro entoa um hino na vinheta Datena da Raça “a miséria grita/ a miséria canta/ a miséria dança”. Depois a batida de reggae de Débora pragueja a moça na letra “Débora, és uma víbora/ Sai da minha aba, vagaba/ Pára com esse mantra, pilantra”. Um ar de luau invade a ressaca com Na Quitanda, “aum, aum...”, recitam em coro entre um verso e outro. Tacape é rock e, por que não, reggae também. Já Jesus no Cyber Café do Inferno ecoa como um coral de igreja. A ironia é hilária.
Um sonoro reggae traz paz e tranquilidade em I’m Nobody, uma bela composição inspirada no poema de Emily Dickinson. Trova ao cair da tarde dá continuidade ao repertório zen. É uma baladinha que traz os versos “Pra onde fores eu vou/ Aonde flores eu fujo/ Te dou meu poema sujo/ que eu não sei fazer toada”. Os maracás de Boi do Dono do Mar anunciam que é tempo de guarnicê. É um bumba meu boi estilizado. Ê, Baleiro!

Os tristes acordes ao piano de Como diria Odair recitam a letra que homenageia os versos “Felicidade não existe/ só momentos felizes/ No mais são cruzes e crises” do poeta romântico Odair José. E a roda se abre com a canção Pastiche, uma cantiga que nos remete às rodas de cacuriá com uma letra afiada e irreverente. “Ganhei fama fazendo filmes trash/ Vida de horror Ave Maria vixe/ Tenho meu sonho como é de praxe/ Um dia quero ser John Malkovich”, canta.
É com Samba de um Janota só que a ressaca termina anunciando que a festa pode recomeçar. A batida latinizada ao som de sax, composta por Zeca e Chico César, traz versos irreverentes dedicados, como é anunciado na introdução, a “San Martín, Rick Martin, Hugo Chaves y Chapolín Colorado”. Mas irônico, impossível. Mas é um repente, em faixa bônus, que finda O coração do homem bomba volume 2. A canção intitulada “Eu detesto coca light”, parceria do compositor com Chico César, traz humor e crítica. Como não se render a versos como “Gosto de sair à noite de tomar um biri night/ Jurubeba tubaína Johnny Walker Black White/ Me afogo na cangibrina caio no tatibitáti/ Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate/ Engulo até gasolina mas detesto coca light”.

*Andréia Lima é jornalista. Colunista da Revista VIP SL. Ela aprecia as boas coisas da vida. E os descaminhos artísticos estão dentre elas.



A Deia vai ser sempre bem vinda aqui. Ela com certeza volta outras vezes!!



Bejocas!!!!

Um dia daqueles!

Saldo do dia:

- um dente quebrado;
- duas colegas de trabalho perdidas;
- uma certidão de casamento errada por corrigir;
- e uma dor de cabeça filha da p.!

Hoje meu dia foi uó!!

Bejoca!

Uma historinha de honestidade

Ainda existem pessoas honestas no mundo. E cada vez essa virtude é mais valorizada, já que diariamente ouvimos muito mais casos de desonestidade e corrupção.
Sexta-feira, peguei ônibus ainda meio dormindo. Dei 10 reais a cobradora ( os últimos 10 reais pra pagar passagem que tinha). Ela disse que não tinha troco e que era pra eu esperar um pouquinho.

Nessa de esperar desci do ônibus e esqueci o troco. Só fui lembrar bem depois.

Fiquei arrasada, tive que contar as moedas pra voltar pra casa. E já tinha dado por perdido esse troco.

Eis que hoje, quando entrei no ônibus, olhei pra cobradora pra ver se reconhecia. Só que ela foi mais rápida que eu e disse:

- Ei filha, vem cá!

E eu falei toda envergonhada ( lembrando de tudo que pensei, que ela devia ter ficado com minha grana, que eu nunca ia ver a cor desse dinheiro):

- Tá lembrando de mim?

E ela: Claro que eu lembro! Vem aqui pegar teu troco.

Daí ela começou a falar um tanto de coisa, que ainda tentou em chamar mas num deu.

E todo mundo do ônibus ouvindo tudo que ela falava e eu me sentindo uma lerda, kkkkk...

Enfim, tive meu troco de volta. E fiquei feliz porque moça foi honesta. É bom poder acreditar mais nas pessoas, hehehehe...

Um ótima semana a todos.

Bejocas!!!

Queria sair do silêncio

Hoje encontrei no ônibus o irmão de uma das amigas que mais amo. Nos conhecemos desde a escola e sempre convivi muito com a família dela, vivia indo na casa deles.

Esse irmão nasceu surdo. Quando a mamãe dele estava grávida, ela teve rubéola e por conta da doença ele nasceu com essa deficiência. Ele também não fala muito bem. Ele consegue articular umas palavras e faz uns sons que soam bem estranhos.
Sempre tive dificuldade de me relacionar com ele. E isso sempre me deixava muito constrangida. O constrangimento e a dificuldade não eram/são pela deficiência dele, mas pela minha própria em não saber como me comunicar com ele e por não entender quando ele tentava me falar alguma coisa.

Hoje quando nos vimos, veio o tal contrangimento de novo. Fiz aquele levantar de sombrancelha e dei o melhor sorriso que podia. Ele retribuiu o sorriso e fez aquele sinal positivo com o dedão da mão.
Eu queria tanto saber conversar com ele, perguntar se ele tá bem, em que ele tá trabalhando, se ainda estuda, se tá namorando alguém. Essas coisas que a gente sempre quer saber de quem a gente gosta, conhece a muito tempo mas não vê tanto.

Eu sinto um carinho por ele, por ter conhecido ele pequenininho, por ter visto sempre o quanto aquela família se esforçou pra ele ter se tornado um homem de bem que ele se tornou mesmo. Nunca vi ele reclamando de nada, nem minha amiga nunca comentou algo nesse sentido, dele ser revoltado, excluído ou algo do tipo.

Vi também que ele encontrou outra pessoa conhecida. Eles desceram jutntos, eles se tocaram, sorriram, ele abraçou ela e os dois seguiram andando um do lado do outro, sem falar mais nada.

Mas sempre fico pensando como será que ele se sente no meio desse silêncio?

Ele mora no silêncio. Assim como uma boa parte de pessoas da nossa sociedade. E a maioria de nós nem se importa, a não ser quando temos alguém muito próximo.

Imagina o que é viver sem ouvir música, sem conseguir assistir filme sem legenda, sem conhecer o canto de um passarinho, o barulho das ondas, o "tilintar" da chuva, a voz dos que amamos...
Eu fico me sentindo bem egoísta, no meu mundinho barulhento. Engoísta por nunca ter buscado aprender a me comunicar com o irmão da minha amiga, hoje talvez seríamos amigos. E também por achar que eu talvez seja mais feliz que ele porque eu posso umas coisas que ele não. Tem também um pouquinho de sentimento de superioridade nisso. Coisa chata se sentir assim.
Nunca falei sobre isso com minha amiga, por vergonha, sei lá. Mas hoje precisava falar.
Espero que esse incômodo passe e que um dia eu aprenda a ser uma pessoa melhor, que se dedique um pouco mais a conhecer o outro, com todas as suas particularidades.

Bejocas e bom dia!!!!

Canta comigo?!

Desde ontem me pego cantando a mesma música. Justo essa que já me acompanhou em tantos momentos, em tantas situações de indecisão e de faltas de atitude, não minha.
O momento agora não é esse. Não é de dúvida ou de falta de atitude. Só de lembranças e do gostar muito, muito mesmo dessa música.
Mas pode ser que esse seja o seu momento. E se de repente você quer muito dá um toque em alguém sem precisar de uma conversa, essa música é uma opção perfeita. Não fale, cante!
Pena que não sei colocar a caixinha de som para vocês ouvirem mas vo colocar aqui o link de onde ouço mais fácil tá?!
Aproveita e faz o download.

Flor Do Medo

Venha me beijar de uma vez
Você pensa demais pra decidir
Venha a mim de corpo e alma
Libera e deixa o que for nos unir
Não vá fugir mais uma vez
Vença a falta de ar que a flor do medo traz
Tente pensar
Pode até ser mau e tal, mas pode até ser que seja demais
Tudo vai mudar
Posso pressentir
Você vai lembrar e rir
Alguma dor que não vai matar ninguém
Pode ser vista e nos rondar
Não precisa se assustar
Isso é clamor de amor
Venha me beijar de uma vez
Feito nuvem no ar
Sem aflição
Venha a mim de corpo e alma
Libera a paz do meu coração
Não vá se perder outra vez
Nesse mesmo lugar
Por onde já passou
Tente pensar
Pode até ser sonho e tal, mas pode até ser que seja o amor
(Djavan)
Bejocas e um dia lindo!!

Água que te quero água!!

Alguém já parou pra pensar o quando falta de água é terrível?
Quem mora em São Luís sabe que a falta de água é uma coisa quase que natural, eu diria cotidiana.

Em alguns bairros da cidade existe um tipo de revezamento. Tem água num dia, no outro não tem. E assim muita gente vive muito bem.

Eu nunca me acostumei com isso. Eu sou uma pessoa movida por água. Bebo muita água (menos do que eu gostaria), se der tempo tomo horrores de banhos, adoro lavar as mãos ( não é toc não tá?!), adoro molhar a nuca com água nas horas de muito calor. Então quando não tem água parece que fica tudo ruim, escuro, sujo, péssimo.

E foi assim que ficou minha noite de terça-feira, quando cheguei em casa, depois de um dia de trabalho, e de 1h viajando de ônibus percebi que não tinha água pra nada ( nem pro banho, nem pra lavar a louça e nem pra beber).

Quando cheguei ansiosa por um banho, abri a torneira do chuveiro percebi que a bendita da água não estava lá. Já fiquei contrariada, mas tudo bem, decidi esperar um pouco. Liguei a TV, fui arrumar umas coisas no quarto e depois de um tempinho fiz uma nova tentativa. E nada da água.

E assim ficou a noite inteira. Eu fiquei super-mal-humorada!
A louça tava suja. Não tinha como lavar. As garrafas de água estavam vazias na geladeira. Só tinha uma garrafa no congelador e portanto só tinha água congelada.

Pior que como nunca falta água lá, não tenho nenhuma reserva. Sempre vi minha mãe aparando água nos baldes para se precaver caso faltasse. E eu não faço nada disso.

O jeito foi me recolher a minha insignificância, pegar um copinho d'água, molhar um paninho e tirar o grosso da sujeira do corpo. Uma tristeza gente.

E teve mais. No dia seguinte, acordei super cedo, corri para o banheiro e novamente mais uma vez, nada de água. Aí colega, sabe o que eu fiz: "Paiiiiiii, vem me buscar, num tem água aqui!!!", isso quase chorando. E ele: "Se arruma que eu tô chegando".


Meu herói!!!! Me salvou da angústia e da sujeira.


A água é uma dessas coisas simples da vida capazes de deixar a gente muito, muito feliz. Eu fico! Um banho revigora, lava a alma. Tomar um copo d'água dá uma satisfação enorme. E todos os dias eu agradeço por isso.

Aproveitem esse bem precioso enquanto a gente tem e vamo economizar para ter sempre.

Bejocassssss com cheirinho de sabonete!!!


Bejocas!!!

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