Em estado de encantamento...

Gente do céu, tô feliz de mais!!! E essa frase está sendo dita por mim com o sotaque mais mineiro que eu tenho.

Isso porque quem me ouve falar diz que eu já tenho uma mineirice na voz. Imagina depois de passar três lindos dias ouvindo a fala e o canto de uma mineira que me conquistou de vez.

Eu tô falando da Déa Trancoso (foto), uma cantora e compositora do Vale do Jaquitinhonha, sertão de Minas Gerais. E agora ela tem mais um título que eu estou atribuindo a ela: MESTRA! Assim mesmo com letras garrafais.

Ela é ferozmente brasileira (ela gosta de falar assim) e tem aquele jeito simples da gente do interior do Brasil, que não se distancia das suas raízes.

Como disse no começo passei 3 dias com a Déa. Eu, o Albertinho, a Zina, a Sandra e mais umas 20 pessoas. Fizemos parte da Oficina de Corpo e Voz que é descrita como um encontro de si mesmo através de jogos, brincadeiras, audições, exercícios de yoga com o uso do corpo e da voz, dentro do universo indígena, africano e hindu, utilizando cantigas da cultura popular brasileira e canções do Vale do Jequitinhonha.
Quando eu recebi o email sobre a oficina fiquei tentada e curiosa mas com medo. Pensei logo nos exercícios teatrais, no medo de me sentir ridicularizada, de fazer aquelas coisas do tipo "agora você é uma semente que vai virar plantinha", sabe? Mas o desejo de ver de perto tudo isso foi mais forte. Ainda bem!!

Nó!, quanto eu perderia se não tivesse ido...Foi tudo tão bom, brinquei que nem quando era criança e ficava dançando e inventando musiquinhas. Nós ouvimos tantas canções lindas, fizemos exercícios, acordamos o nosso corpo, descobrimos que somos capazes de ressussitar a criança que todos nós temos e o mais importante, perdemos o medo de ser ridicularizados. Já no segundo dia a gente não tava nem aí pro que os outros pensariam, a gente queria era tá*!!!!
Tá no meio da roda, tá vivenciando aqueles momentos, dividindo aprendizado e experiências com desconhecidos mas que se tornaram cúmplices uns dos outros, rindo da nossa cara fazendo o leão ( um exercício em que temos que abrir a boca e os olhos ao máximo e soltar um grito que vem do diafragma, difícil demais) e do piu ( esse num vô nem tentar explicar, só vendo mesmo, é de rolar de rir).

Enquanto eu estava lá eu pensei tantos nas pessoas que eu amo, queria que elas pudessem estar lá também experimentando tantas coisas que eu experimentei.
A Déa nos marcou pra sempre, deixou a marca dela no nosso coração, com aquela força-suave que alenta, acalma e ensina.

Já tá todo mundo esperando o segundo módulo da oficina que ela prometeu trazer pra São Luís junto com o show que ela quer fazer aqui.

Visitem o myspace dela e vejam se ela vai passar na cidade de vocês com o Projeto Vozes de Mestres do CCBB Intinerante. Ela está trabalhando o CD Tum Tum Tum com canções dela e outras do cancioneiro popular. Eu já tenho o meu autografado, lero-lero!!

No CCBB, além das oficinas, teve debates, mostras de cinema, shows e apresentações teatrais. Aqui a gente viu o show da Tita Parra, filmes e a peça Caminho para Meca ( maravilhosa!).

E fica aqui a dica: não percam as oportunidades de lembrar quem nós somos, que somos gente, que precisamos nos relacionar com outras gentes. Que a gente sempre pode brincar, voltar a ser criança, rir de si mesmo e do outros também (mas sem magoar) e o mais importante, desacelerar! Sair um pouco da rotina, da correria nossa de cada dia.

Bejocas nocês que hoje eu tô jóia demais!!!!!
* esse é uma contração do verbo estar. A gente usa essa expressão "eu quero é tá" pra dizer que quer estar num determinado lugar ou situação.

Um texto feito pra nós!!!

Hoje estou postanto um texto do Oscar Wilde. Estava marocando uns blogs e achei esse texto em um deles. É perfeito. Ofereço aos meus amigos, os de perto e os de longe. Saudade de vocês. Esse texto foi feito pra nós!!!!

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice!Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Loucos e Santos - Oscar Wilde
Bejocas e um ótimo fim de semana!

Tô viva!

Oi oi oi!!!
Haja preguiça hein? Faz mó tempão que eu tô com vontade de escrever, de atualizar, de contas os babados mas não tava rolando.
Pra piorar desde semana passada eu fiquei doentinha. Primeiro foi um mal estar, uma sensação de febre e aquela moleza que dá vontade de deitar. No fim de semana a febre veio com tudo, ganganta inflamou, fiquei sem voz, sem fome, sem ânimo e só ontem que me senti bem melhor.
Patrick é tão cumplice (juntos somos um!kekekeke...) que até ficou doente também. E sinceramente, ficar doente é ruim mas ficar com o marido doente, meus amigos, é pior.
Não sei quanto a vocês amigos meninos que visitam esta casa, mas meu maridinho é um bombom de alho quando fica doente. Fica muito manhoso, faz beicinho pra tudo, tudo dói. Ele faz o maior drama e diz de hora em hora: amor, num sei se acordo vivo amanhã! Como se, caso morresse, ele acordaria, aff... Chega a irritar.
Mas depois da irritação vem aquele sentimento de dó. Tadinho todo dodoizinho... aí faço carinho, converso com ele em "bêbênhês", pergunto se tá com sede, com frio, com calor, com fome, com vontade de ir ao banheiro, enfim, ofereço qualquer coisa que faça ele melhorar e rezo. Ah Deus sabe! Peço a Deus pra por favor fazer meu amor ficar bem logo porque senão eu devolvo ele pra mãe dele.
Não me acusem de insensível, por favor! Não sei quanto a vocês meninas que visitam esta casa, mas eu fico boba vendo o quanto os homens conseguem ser tão fortes e corajosos nos momentos em que naturalmente sentiríamos medo, mas tão medrosos e sensíveis diante de um simples resfriado.
A gente (as meninas) fica lá firme e forte. Com febre, frio, tremor mas ainda assim consegue lidar bem melhor com a dor do que os nossos amados homens, né não?
Agora estamos bem. Eu ainda recuperando a garganta com antibióticos e ele "intornando" o expectorante pra melhorar da tosse, mas bem.
No mais tudo certo. Terminei de ler o Comer, Rezar, Amar e é todo bom esse livro. Amei a parte do "Amar", bom demais mesmo. Tenho um versão digitalizada; quem quiser me manda email que eu envio: dmoreira21@hotmail.com.
Uma bejoca de longe pra não passar as minhas bactérias, kekekekekeke.... é que elas são muito apegadas a mim...

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