Lembranças de criança

Hoje, no bate papo de almoço com minha amiga de trabalho, estive relembrando algumas coisas da minha infância. E é sempre muito divertido lembrar essas coisas.

Lembrar por exemplo de quando eu fazia jardim de infância e uma guria roubou meus biscoitos wafer de chocolate. Ela pediu antes mas eu disse que num ia dar. Ora, eu não conhecia a menina porque ela era mais velha, estava em outra turma, ela nem falava comigo e o principal o meu biscoito era pequeno, dava para alimentar só eu mesma. Então é claro que eu num ia dar. Aí ela veio, roubou de mim e depois saiu correndo pela escola. E eu, o que eu fiz? Chorei claro. Acha que eu ia fazer o quê? Sair correndo atrás dela, espancar ela até ela vomitar o último biscoito? Não! Uma menina como eu fui criada pra ser não fazia essas coisas. Só chorava para que alguém fosse lá e resolvesse a situação.


E foi o que aconteceu. A diretora, Tia Nádia, que me adorava, falou com ela e sei que essa menina ficou em odiando até um dia desses. Eu sei porque ela morava numa rua próxima a minha e sempre que passava por mim fazia mó cara feia.


Nesse tempo eu era típica princesinha do papai. Sempre andava arrumadinha, cheirosa, comportada. Nunca brigava na escola. Jamais. Eu era aquela aluna que as professoras adoravam e que tinha muitas amiguinhas. Mas não era uma boboca total. Sabia me defender. Fui aprendendo na própria escola.


Na 3ª série mudei de escola. Eu que antes estudava numa escola do bairro, pequenininha, que todo mudno se conhecia fui para uma escola de rico, enorme, que ficava no centro e onde eu não era nada além de mais uma.


Logo percebi que aquela escola era diferente porque as outras crianças não levavam lanche de casa. Quase ninguém tinha mais lancheira. E quando eu cheguei com meu pãozinho com manteiga e meu suco de maracujá com aqueles pedacinhos pretinhos do caroço ( que eu adorava e ainda adoro) os outros me olhavam com uma cara de quem diz: credo, essa aí é pobre...


Depois desse dia não queria por nada levar lanche. Meus pais não tinham grana todo dia pra eu comprar lanche na escola, então eu preferia ficar com fome a ser ridicularizada pelos filhinhos de papai que se empanturravam de porcaria na lanchonete.


Graças a Deus isso passou também. Aprendi a não me importar com esses idiotas e descobri que tinha muita gente como eu lá. Que tinham uma família simples, um pai que fazia das tripas coração para pagar a mensalidade todo mês, para que a gente pudesse ter um ensino de qualidade e ter um futuro melhor do que o que eles tiveram. E tinha também aqueles que tinham tudo, grana, dinheiro pra comprar lanche mas que eram as mais simples que levavam lanche de casa e ainda dividiam comigo. Deixei também de ser a bobocona que esperava que resolvessem tudo pra ela. Cresci, fiquei mais independente.


Estudei nessa escola de rico até o fim. Fiz amigos lá que estão comigo até hoje. Aprendi muito lá. Demais mesmo. Aprendi principalmente a valorizar o que minha família fez por mim nesses anos de escola e nos outros que se seguiram a esses.


Sou grata eternamente.


Mas tem muitas outras história. Como a dos garotos e o que eles faziam pra chamar minha atenção(ui,ui,ui). Essa conto outro dia.


Bejocas e um ótimo fim de semana!

São as mulheres, oba!

Muitas vezes ouvi as pessoas dizendo que "a mulher é a vida de um lar", "mulher é quem cuida da casa", "a mulher é quem dá um toque especial a um lar" e blá blá blá... eu pensava " ah, balela!". Por que a mulher? Por que sempre a mulher tem que ser responsável pela casa? Por que não o homem?
Meu feminismo se revoltava dentro de mim!
Eu achava (e ainda acho) que o homem é tão responsávle pelo bem estar de uma família quanto a mulher. Que ele também é responsável pela organização da casa, pelo bom funcionamento de tudo, pelo cuidado e harmonia do lar. E quando eu soube que Patrick era o filho mais velho de uma família só de homens e que ele ajudava a mãe dele em casa fiquei saltitante. Pensei: É esse! Ele vai me ajudar em tudo e ainda vai cozinhar pra mim. Lindo!.
Ele fez a maior propaganda de si mesmo quando percebeu que o fato dele ser um homem prendado era um super estimulante para que nossa relação desse certo.
Claro que sim minha gente. Euzinha aqui, ao contrário do que ele dizia ser( é, depois eu descobri que era só papo), nunca tinha entrado em uma cozinha pra cozinhar nada. Nem pra lavar a louca. Varrer e arrumar? só o meu quarto mesmo e uma vez na semana. Lavar roupa me deixava de extremo mal humor. Acabava com meu dia. Portanto encontrar um homem que soubesse fazer isso tudo, e que fazia com naturalidade, era a certeza de ter encontrado o meu príncipe encantado.
Mas aí... quando comecei a frequentar a casa dele e ele me preparou um almoço, todo meu sonho foi por água abaixo. O arroz ficou meio cru, o feijão salgado e a carne cheia de gordura. Foi triste. Me senti traída. Mas não deixei me abalar. Fiz ele perceber que teria paciência para esperar ele a aprender de fato tudo isso.
Hoje lá em casa ele continua não cozinhando muito bem. Enquanto que eu que nunca fiz nadinha parece que tenho um dom natural para cuidar de casa ( kkkkk, ela se acha, tadinha...).
Ele lava a louça, cuida da roupa suja, se precisar passa, arruma, varre até melhor que eu.
Mas tenho que admitir que quando estou por lá, quando estou a frente da organização da casa, fica tudo mais caprichado. E eu sou responsável por controlar as contas, fazer os cálculos, lembrar os dias dos pagamentos. Além disso, tenho que estar sempre pronta a ouvir, aconselhar, felicitar, elogiar, puxar orelha. É, já estou estimulando meu instinto materno.
Não é brinquedo não meu bem. Quer moleza? Senta num pudim!
Quem está pensando em casar, case. Eu recomendo. Eu adoro! Mas vá com fé, com paciência e peça a Deus muita sabedoria. Pois a mulher* é tudo nessa relação e o papel dela nenhum homem por mais prendado que seja saberá realizar com a mesma precisão.
Pronto, falei!
E você meninos sejam companheiros e ajudem suas mulheres sempre.
E viva ao feminismo.
Bejoca!!!!!
*Eu digo a mulher mas sei que nas relações homossexuais tem também aqueles que são mais femininos quando o assunto é cuidar da casa e da harmonia do lar. Seja nas relações homossexuais entre meninas ou entre meninos.

Minhas amigas, meus amores!

Estou com saudade.
Sempre senti saudade, saudade de coisas que eu nem sabia o que era.
A saudade de hoje é uma saudade específica. Saudade de ter amigos por perto. Saudades do tempo em que eu e Alessandra éramos tão grudadas que para ir na quitanda comprar um chocolate, era preciso irmos juntas.
Tem também a saudade dos tempos de carnaval em que eu e a mesma Alê íamos para casa de Dona Justina, avô de Ingrid, só para não perder um minutos da folia na Madre Deus*. E eu, Ingrid e Alê aprontávamos muito. Jesus! Na quinta-feira de carnaval nossa mudança já estava pronta. Era colchonete, um tanto de roupa com vários mini-shots e fantasias. Muita maquiagem também, claro. Quando a casa de D. Justina ficava muito cheia lá íamos nós pra casa de algum outro amigo, sempre as três juntas.
Essa farra toda durou muito tempo. Um tempo que agora é tão distante. Que nunca mais vai se repetir. Hoje a Alê trabalha muito e é a única que ainda curte a vida de solteira. A Ingrid já casou, tem um bebê que é a coisa mais linda da tia, o Gabriel. Eu também já sosseguei meu facho.
Essa saudade não tem aquele tom triste, de pensar "oh que bom era aquele tempo! Era feliz e não sabia". Não, não. Hoje também somos felizes, mas de outro jeito. Com outras idéias, muitas responsabilidades e outros interesses.
O que é bonito disso tudo é saber que mesmo assim, com todas as diferenças de vidas, da rotina, da correira dos nossos dias, nós conseguimos manter nossa amizade. Sempre falo com a Ingrid e a vejo quando podemos nos encontrar. Agora sempre na companhia do Biel.
Já a Alê é mais difícil de encontrar. Ontem nos falamos ao telefone e quando isso acontece vejo quanta falta ela me faz.
Queria ter sempre elas aqui comigo. Na verdade elas estão amarradas a mim pelas minhas lembranças e saudades.
Amo vocês amigas.
Uma ótima semana a todos nós!
Bejoca.
* A Madre Deus é um bairro do Centro de São Luís onde ficam concentradas várias atrações no carnaval. E a D. Justina mora lá do lado.

Eu sou Doidas e Santas. E você?

A Lalá postou no blog dela o resultado de um teste chamado "Que livro você é?". Eu achei tão legal a idéia que fui no blog da amiga dela, onde ela achou o teste, e consegui encontrar o site onde faz o teste. Tchãram!!!

A idéia é descobrir por meio de 10 perguntas respondidas, que livro você é. Você pode ser uma biografia, uma best seller, um livro de poesia, um clássico da literatura nacional ou internacional e não saber. Olha só que triste...hehehehe...

Eu fiz o teste e descobri que eu sou o livro Doidas e Santas da Martha Medeiros. Olha o resultado:

"Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da jovem (ou nem tão jovem) mulher profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica. Eis a sua questão! Confesse: quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando, destrinchando... Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém, como bem mostram as 100 crônicas de "Doidas e Santas" (2008), que retratam os sabores e dissabores da vida sentimental e prática nas grandes cidades. "

Já ouvi falar muito nesse livro por várias amigas. Um delas, a Diniz, até colocou o nome do próprio blog inspirada nele. Mas, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de lê-lo.

Não sei se sou muito moderninha não. Mas romântica, ôxi, demais da conta! E de fato adoro ficar ouvindos as histórias das amigas e amigos, batendo papo, analisando os detalhes das situações que ouço e tentando de alguma forma interpretar os acontecimentos. Porém quero ler

Isso não é um meme, não é para repassar mas eu gostaria muito de ver as respostas da Diniz, da Du, da Suzinha, da Gisa, da Lígia, da Mila, da Macienildes, ah, de todos vocês, hihihihi...

Boa sorte!

Bejocas!!

Óia eu aqui!

Passei uns dias sumida, só vindo para o trabalho e voltando para casa. Não visitei ninguém, nem virtualmente, nem pessoalmente.
Tô devendo um meme que a Su me mandou, um que desafia a mostrar a letra. Ela não sabe o que faz, vai ser um castigo para as pessoas ver uma letra tão desengonçada quanto a minha, mas vô mostrar. Mas não hoje.

Nesses dias de "sumimento" fiquei voltada para o próximo evento de grande importância da minha vida.

Vou casar. Agora formalmente, com direito a padre, dama de honra, vestido, noivo de paletó, papis me levando pela igreja onde cresci e espero que em companhia da minha família e dos amigos mais queridos.

Vai ser bem simples. De manhã, com florzinha no cabelo, sem grandes produções e sem o tradicional "lá vem a noiva".

A idéia desse casamento não é fazer disso um evento social, com pompa e circunstância. E sim um momento de receber a benção de Deus para ter uma vida feliz e para deixar a minha mamis com o coração mais tranquilo.

Desde que tomei essa decisão não páro de pensar nisso. Em detalhes como por exemplo com que música eu vou entar. Porque tem que ser uma música linda, marcante, que expresse o que eu sinto por ele. Difícil né? As amigas tentaram me ajudar mas ainda assim foi bem difícil. Felizmente consegui escolher. Mas não posso contar agora. É surpresa pra Patrick. De repente ele decide vir marocar aqui ( como eu sei que eles faz às vezes) e não quero que ele descubra.

Nos outros detalhes estou contando com a ajuda das tias e das mamys ( tenho duas, lembram?!).

E como Patrick tá com tudo isso? Bem, ele não curte muito esse lance de igreja, na verdade, nem eu. Mas eu curto muito esse lance de Deus e ele respeita isso. Acredito que mal não vai fazer. E é muito bonito, a gente ir lá e assumir diante das nossas famílias e amigos, que viram nosso relacionamento nascer, o compromisso de fazer um ao outro feliz.

Se dependesse dele eu sei que ficava tudo como está, mas como ele sabe que é importante para mim, ele topou também.

Os proclamas já estão correndo ( não sei porque usam essa expressão, mas tudo bem). Quem tiver alguma coisa contra este casamento fale agora ou cale-se para sempre, hehehehe...

Bejocas!

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